Relatório de Alocação Janeiro 2025
Rbtrends. Janeiro 2025
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O início do ano costuma ser um período de revisão, em carteiras de investimentos. Muitos estudam o desempenho dos últimos 12 meses, para identificar a necessidade, ou não, de mudanças em seus portfólios. A tecnologia nos permite comparar 12 meses, 24 meses, 36 meses, de desempenho de forma ágil, o que deve ser feito.
Ao contrário do recesso, em algumas profissões, o mundo de investimentos já começa o ano com o ritmo acelerado de sempre. Janeiro conta com reunião do Copom, do Fed, posse de Trump e números das contas públicas do ano anterior.
Quando estudamos o primeiro mandato de Trump, notamos repetidas opiniões sobre a vontade do presidente de assinar medidas, de ter ao máximo a sensação de estar mudando o país. Não será diferente, Trump deve iniciar o mandato buscando alterar regimes comerciais, instaurando políticas de imigração e agendando conversas importantes internacionais. Com mais experiência, o início deve ser mais assertivo, do que em 2016.
Diante dessa vontade de mudança, o Fed sinaliza uma pausa nos cortes de juros. Atualmente em 4,5%, o risco é o Fed encontrar uma instabilidade econômica, gerada pela política, dificultando o convencimento da necessidade de cortes futuros. De qualquer maneira, as entrevistas de dirigentes apontam para uma redução até 4,0% ao longo de 2025.
No Brasil, um novo Banco Central começa a operar. Mais do que a reunião do Copom, muita dúvida sobre sua atuação no mercado financeiro. Para a definição da Selic, dúvidas. Roberto Campos Neto foi um banqueiro central que entregava o que o mercado pedia, entre cortes e altas de juros. Como será Gabriel Galípolo? A atitude de Campos Neto pode ter agradado de início, mas certamente fica com uma avaliação final negativa. Para janeiro, foi sinalizado uma alta de 1 ponto, durante a reunião de dezembro. O mercado financeiro pede 1,25% ou 1,5%. Em momentos anteriores, Galípolo se mostrou defensor de executar o que foi sinalizado.
Um ponto positivo pode aparecer nas contas públicas. Com o governo apresentando um resultado mais próximo ao limite inferior da meta em 2024. Para 2025, o cenário parece mais desafiador. No entanto, ao focarmos em uma reação de curto prazo, essa boa notícia deve agradar.
O resto do mundo continua com alguns temas que foram carregados para 2025, Guerra na Ucrânia, Guerra no Oriente Médio e desconfiança sobre o crescimento da China. Outros novos, troca de comando na Alemanha e Canadá. Como vimos nos últimos anos, políticos enfrentam dificuldades em defender seus legados, os incumbentes, de direita, centro ou esquerda, estão perdendo eleições em diversas partes do globo. O que naturalmente eleva a volatilidade, diante de um quadro de mudança, que muitas vezes é acompanhado por turbulência política.
Assim como sinalizamos em dezembro, a Renda Fixa ocupa lugar de destaque, nas recomendações, com investimentos alternativos e internacionais também se beneficiando do cenário inicial.